Quais são as etapas do PPRA?

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Entenda o que deve ser aplicado para que o programa entre em prática

 

Os riscos ambientais devem ser levados a sério em qualquer empresa, independentemente de seu porte ou segmento, o que fica claro pelas etapas do PPRA.

O programa, indispensável para a saúde ocupacional dos trabalhadores de uma empresa, é dividido em diferentes etapas, as quais devem ser colocadas em prática para que o objetivo proposto seja cumprido.

Vamos conhecer tais passos e em que consistem para que a finalidade do PPRA esteja ainda mais evidente em nossa mente!

Etapas do PPRA e o que significam

 

Nós já abordamos o que é PPRA e para que ele serve em uma empresa, mas conhecer cada um dos passos ajuda a fixar ainda melhor seu conceito!

Para fins de esclarecimento, as etapas se encontram no item 9.3.1 da Norma Regulamentadora (NR) 9, nas alíneas de “a” a “f”.

 

  1. a) Antecipação e reconhecimento dos riscos

 

O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais abrange diferentes tipos de riscos, conforme os descritos no item 9.1.5 da NR 9, que são os agentes físicos (temperaturas, radiações, ruídos), os químicos (poeiras, gases, vapores) e os biológicos (vírus, bactérias, fungos).

 

A antecipação é o passo em que o profissional responsável pela elaboração do programa deve procurar colaboradores capazes de ajudá-lo neste quesito, os quais já conheçam os riscos aos quais estão submetidos, como engenheiros, gestores ou técnicos.

 

Pode ser elaborada uma lista prévia e, então, se iniciar uma vistoria no local, de modo a identificar quais deles realmente estão presentes, passo que consiste no reconhecimento dos riscos.

 

Deve-se tomar nota de todos eles, mesmo os que estão presentes em menor proporção ou apenas esporadicamente, já que as próximas etapas dependem diretamente disso.

 

  1. b) Estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle

 

A segunda das etapas de elaboração do PPRA é definir as prioridades e metas para a aplicação do programa.

 

Depois de saber quais são os riscos presentes, deve-se separar os mais críticos e aqueles que também são importantes, mas em menor escala, como uma fonte de intensa emissão de calor e um ruído pequeno e menos significativo, por exemplo.

 

As situações críticas serão consideradas como prioridades, que devem ser tratadas o quanto antes para melhorar as condições de trabalho do local, ao passo que as outras ocuparão posições inferiores na fila. Essa divisão também estabelece as metas (acabar com a emissão de calor, por exemplo).

 

Essa é uma das principais etapas do PPRA, pois o ambiente de trabalho terá sua qualidade gradativamente melhorada conforme os planos forem colocados em prática, de modo a evitar que problemas menos importantes sejam corrigidos antes dos críticos.

 

  1. c) Avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores

 

A saúde ocupacional nas empresas é um assunto com que você deve se preocupar, o que se aplica tanto aos gestores quanto aos colaboradores que atuam no setor operacional, mas são esses últimos que geralmente estão mais sujeitos aos riscos ali presentes.

 

A avaliação deve ser feita com cuidado, de modo a afirmar quais são os riscos mais prioritários e quais são menos, quase como uma confirmação do que foi feito no passo anterior.

 

Além de avaliar os riscos, a exposição dos colaboradores também deve ser colocada em prática aqui, pois quanto maior for esse nível de exposição, mais crítica a situação se torna, o que a coloca em uma posição elevada na lista de prioridades.

 

A opinião dos trabalhadores é importante em todas as etapas do PPRA, conforme disposto no item 9.5.1 da NR 9, também pelo fato de que eles estão ali quase que diariamente, ou seja, possuem informações e constatações que os gestores nem sempre conhecem ou têm acesso, e essa é uma das principais.

 

  1. d) Implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia

 

Depois de entender quais são os riscos presentes, é chegada a hora de tomar as medidas necessárias para resolver ou amenizar a situação, de modo que o ambiente de trabalho torne-se o melhor possível.

 

Tais medidas podem ser a realocação de um equipamento, a mudança do local de trabalho de uma determinada equipe, uma manutenção preventiva ou corretiva em determinada máquina ou mesmo a aquisição de uma nova, por exemplo.

 

Ainda que possa ser necessário investir financeiramente neste quesito, o conhecimento das etapas do PPRA só é benéfico se a empresa efetivamente colocar as medidas em prática.

 

Além disso, quando os devidos cuidados são tomados, a companhia evita riscos quanto à saúde e segurança de seus colaboradores e, por consequência, problemas judiciais em menor ou maior grau, como processos e intimações judiciais, o que poderia resultar em um risco ainda maior.

 

A eficácia das medidas propostas deve ser avaliada, de modo a entender se realmente surtiram efeito ou precisam de eventuais ajustes.

 

  1. e) Monitoramento da exposição aos riscos

 

O monitoramento deve ser feito de acordo com a exposição dos trabalhadores aos agentes de risco, com avaliações sistemáticas e repetitivas de tal exposição, para que se entenda quando é necessário intervir para introduzir uma nova medida ou alterar algo que já foi inserido.

 

Caso a aplicação tenha sido eficiente, a tendência é de que a exposição seja reduzida, o que deve melhorar ainda mais a médio e longo prazo.

 

  1. f) Registro e divulgação dos dados

 

Por último, os dados relacionados às etapas de elaboração do PPRA devem ser devidamente registrados, de modo que o documento tenha, quantitativamente, informações relevantes a respeito do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais.

 

O item 9.5.2 da NR 9 trata sobre essa divulgação, que consiste em expor os dados aos trabalhadores interessados, de modo que entendam os riscos aos quais estão submetidos e quais iniciativas estão sendo e/ou serão tomadas para melhorar tal situação.

 

Confira também: Top 05 segmentos empresariais que mais precisam se preocupar com saúde ocupacional

Coloque todas as etapas do PPRA em prática!

 

O processo é trabalhoso, de fato, mas vale a pena, tanto em termos de prevenção de acidentes e doenças do trabalho quanto para evitar complicações legais e burocráticas a curto, médio e longo prazo.

 

Ainda assim, vale ressaltar que o PPRA é um projeto que deve se manter em constante execução, já que a empresa precisa, continuamente, tentar melhorar as condições do ambiente em que os colaboradores desempenham suas funções.

 

Felizmente, o apoio de uma empresa referência em saúde ocupacional, como o grupo BMPC, permite que as etapas do PPRA sejam concluídas com excelência e, assim, resultem em um ambiente de trabalho magnífico para todos os envolvidos!

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